A morte de Malcolm X é um dos eventos mais trágicos e controversos na história do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos. Malcolm X, cujo nome de nascimento era Malcolm Little, foi um líder proeminente da Nação do Islã e posteriormente fundou a Organização da Unidade Afro-Americana. Sua trajetória de vida e suas ideias influenciaram profundamente o movimento pelos direitos civis e a luta contra o racismo.
Malcolm X foi assassinado em 21 de fevereiro de 1965, enquanto se preparava para falar em um comício no Audubon Ballroom, em Nova York. Ele foi baleado várias vezes por três homens armados enquanto subia ao palco. A rápida intervenção de alguns membros da plateia não foi suficiente para salvar sua vida, e ele foi declarado morto pouco depois de chegar ao hospital.
A investigação sobre o assassinato de Malcolm X revelou que os responsáveis diretos foram Talmadge Hayer, Norman 3X Butler e Thomas 15X Johnson, todos membros da Nação do Islã. Hayer confessou seu envolvimento no crime, enquanto Butler e Johnson foram condenados com base em testemunhos e evidências circunstanciais. No entanto, a motivação exata por trás do assassinato e o possível envolvimento de outros indivíduos ou organizações continuam a ser objeto de especulação e debate.
Algumas teorias sugerem que a Nação do Islã pode ter ordenado o assassinato de Malcolm X como retaliação por suas críticas à organização e por sua decisão de se afastar dela. Outras teorias apontam para possíveis envolvimentos de agências governamentais ou grupos de extrema direita. No entanto, nenhuma dessas teorias foi comprovada de forma conclusiva.
Em 2021, um documentário intitulado “Who Killed Malcolm X?” trouxe novas evidências à tona, sugerindo que a investigação original foi falha e que outros indivíduos podem ter estado envolvidos no assassinato. O documentário também revelou que alguns dos suspeitos não foram devidamente investigados ou processados. Essas novas informações reacenderam o interesse pelo caso e levaram a uma revisão da investigação pela polícia de Nova York.
Em 2022, a polícia de Nova York anunciou que estava reabrindo o caso de Malcolm X, com base nas novas evidências apresentadas no documentário. A decisão foi recebida com entusiasmo por muitos que acreditam que a verdade sobre o assassinato ainda não foi completamente revelada. A reabertura do caso pode trazer novas pistas e, possivelmente, levar à identificação de outros envolvidos no crime.
O legado de Malcolm X continua a ser celebrado e estudado, e sua morte permanece um símbolo da luta contra a injustiça e a opressão. Sua vida e suas ideias continuam a inspirar gerações de ativistas e líderes comunitários em todo o mundo.